sábado, 23 de fevereiro de 2008

Selecção natural, selecção artificial e variabilidade

O homem, através das suas acções sobre o ambiente, altera equilíbrios que podem conduzir a modificações nos mecanismos de selecção natural. No exemplo anterior, verifica,os que foi a poluição, provocada pelos fumos industriias derivados do carvão, que conduziu à morte dos Líquenes e ao escurecimento dos troncos das árvores. Este factor provocou uma alteração profunda na população de borboletas. O uso indiscriminado de pesticidas e antibióticos leva ao aparecimento de populações resistentes e esses mesmos produtos. As novas estripes criadas passam a desenvolver-se na presença desses produtos, o que provoca mudanças profundas nos mecanismos de selecção natural. A destruição de habitats e a introdução de estranhas aos ecossistemas conduzem a alterações nas cadeias teias alimentares, rompendo equilíbrios antigos que podem fazer com que determinada espécie que estava perfeitamente adaptada a um ambiente, deixe de o estar e seja eliminada pelos novos mecanismos de selecção natural que entretanto se estabeleceram.
Desde tempos antigos, através do cruzamento de animais e plantas, o ser humano produziu variedades com características favoráveis aos mais diversos fins. Por exemplo, a obtenção de variedades com maior capacidade de produção de leite através do cruzamento de de fêmeas boas produtoras de leite com machos filhos de excelentes produtores de leite e cruzando-os, posteriormente, entre si, os descendentes considerados melhores produtores. Este tipo de selecção feita pelo ser humano de acordo com os seus fins e interesses designa-se por selecção arficial. Até ao séc. XX, a selecção arficial fazia-se através do controlo dos cruzamentos como via de melhorar o rendimento das variedades. A partir daí, à medida que os conhecimentos genéticos evoluíam, surgiam novas técnicas como a hibridação de espécies selvagens de plantas na obtenção de variedades hídricas muito mais rentáveis e a manipulação genética, que permitiu a obtenção de organismos geneticamente modificados (OGM). Está ainda por determinar o impacto destas variedades hídricas e as modificadas geneticamente sobre os ambientes naturais, de que modo alteram as cadeias alimentares dos ecossistemas e interferem nos processos lentos e graduais de selecção natural.

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